Transcrevo agora um texto muito legal... Num blog sobre literatura infantil, não poderia faltar um texto como esse.
1. O buquê
A campainha tocou. Rebeca correu pra abrir a porta. Até se admirou de ver um buquê tão bonito.
– Mãe! – ela gritou – chegou flor pra você. – Fechou a porta.
A mãe veio correndo da cozinha e pegou o buquê. Tinha um envelope preso no papel; a mãe tirou depressa um cartão lá de dentro; leu. O telefone tocou; a mãe largou tudo e foi atender.
Rebeca quis ler o cartão. Mas estava escrito em língua estrangeira, era francês? Olhou pra assinatura: Nikos. Lembrou de uma voz estrangeira que andava telefonando, chamando a mãe. Botou devagarinho o cartão em cima do envelope; foi chegando disfarçado pra perto do telefone, sem tirar o olho da mãe. Franziu a testa: a mãe estava parecendo nervosa, encabulada; mas muito mais bonita de repente! Rebeca foi se esquecendo de prestar atenção na língua estrangeira que a mãe estava falando pra só ficar assim: olhando: curtindo a mãe.
A conversa no telefone acabou.
A mãe voltou logo pra junto das flores.
– Coisa linda esse buquê, não é Rebeca?
– É.
– Com esse calor é melhor botar logo dentro d’água. – Foi indo pra cozinha. – Você não quer me ajudar a arrumar o vaso?
Rebeca ficou parada.
A mãe olhou pra ela; parou também: assim: meio abraçada com o buquê.
E durante um tempo as duas ficaram se olhando.
Rebeca então foi indo distraída pra cozinha.
A mãe (distraída também) pegou um vaso, encheu d’água.
E as duas arrumaram as flores devagar, sem falar nada; sem nem levantar o olho do vaso.
Continua... nas proximas postagens!! Aguardem...
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