sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tchau

Transcrevo agora um texto muito legal... Num blog sobre literatura infantil, não poderia faltar um texto como esse.







1. O buquê


A campainha tocou. Rebeca correu pra abrir a porta. Até se admirou de ver um buquê tão bonito.


– Mãe! – ela gritou – chegou flor pra você. – Fechou a porta.


A mãe veio correndo da cozinha e pegou o buquê. Tinha um envelope preso no papel; a mãe tirou depressa um cartão lá de dentro; leu. O telefone tocou; a mãe largou tudo e foi atender.


Rebeca quis ler o cartão. Mas estava escrito em língua estrangeira, era francês? Olhou pra assinatura: Nikos. Lembrou de uma voz estrangeira que andava telefonando, chamando a mãe. Botou devagarinho o cartão em cima do envelope; foi chegando disfarçado pra perto do telefone, sem tirar o olho da mãe. Franziu a testa: a mãe estava parecendo nervosa, encabulada; mas muito mais bonita de repente! Rebeca foi se esquecendo de prestar atenção na língua estrangeira que a mãe estava falando pra só ficar assim: olhando: curtindo a mãe.


A conversa no telefone acabou.


A mãe voltou logo pra junto das flores.


– Coisa linda esse buquê, não é Rebeca?


– É.


– Com esse calor é melhor botar logo dentro d’água. – Foi indo pra cozinha. – Você não quer me ajudar a arrumar o vaso?


Rebeca ficou parada.


A mãe olhou pra ela; parou também: assim: meio abraçada com o buquê.


E durante um tempo as duas ficaram se olhando.


Rebeca então foi indo distraída pra cozinha.


A mãe (distraída também) pegou um vaso, encheu d’água.


E as duas arrumaram as flores devagar, sem falar nada; sem nem levantar o olho do vaso.


 
 
 
Continua... nas proximas postagens!! Aguardem...

Nenhum comentário:

Postar um comentário