sexta-feira, 1 de abril de 2011

Por uma pedagogia do desafio do desejo

Maria do Rosário Mortatti Magnani versa sobre o desafio do desejo pela leitura em seu texto intitulado Leitura e Formação do Gosto, em sua concepção o não gostar de ler é algo mutável, pois ao leitor esta garantida a possibilidade de não gostar de ler, mas isso deve ser uma decisão, ou seja, o individuo deve entrar em contato com textos, não se deve negar este contato, e a partir daí ele pode decidir, se quer ou não ser leitor.
Para vencer este desafio do desejo pela leitura deve-se trabalhar o que a criança gosta, porém não devemos nos acomodar trabalhar apenas aquilo, devemos possibilitar as crianças o contato com coisas novas e observar se é interessante para eles aumentando assim as possibilidades de atividades com a literatura infantil.
Um dos papéis da escola é fazer com que a criança se aprofunde na leitura, e para isso é essencial que se dê condições para que a criança alcance o prazer da leitura, o profissional que vai introduzir a literatura na vida de tais indivíduos tem a obrigação de ser um leitor assíduo, pois é preciso gostar do que se lê, para contagiar o ouvinte, fazendo com que o mesmo sinta desejo pela leitura.
A literatura em si é um desafio intelectual, é preciso raciocinar, ao ler literatura e gostarmos do texto nos sentimos até um pouco autores do texto lido, reconhecemos o novo, o belo, projetamos nossas realidades, nos identificamos intelectualmente, emocionalmente e cognitivamente.
Ao vivenciarmos práticas de leitura ficamos mais dispostos a fazer o mesmo, ou seja, os profissionais da educação que fazem a mediação entre as crianças e a literatura devem ter práticas de leitura, com e sem as crianças.

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